segunda-feira, 30 de maio de 2011

MARIDO E ESPOSAS SOLITÁRIOS

O isolamento é uma ameaça séria mesmo para casais cristãos
     O isolamento de outras pessoas nem sempre é ruim. O próprio Jesus tinha o hábito de isolar-se regularmente das multidões e ficar a sós com Deus, depois de um dia de trabalho em meio às multidões. Nessas ocasiões, ele orava e renovava suas forças. Mas, existe uma solidão maléfica, característica da sociedade em que vivemos. As pessoas podem viver numa mesma casa com muitas outras e ainda assim viver isoladas delas. Já que fomos criados como seres sociais, viver em isolamento geralmente provoca tristeza, depressão, angústia e, em casos extremos, o suicídio.
     Isolamento acontece mesmo entre pessoas tão íntimas como marido e mulher. Diversas forças ativas na sociedade moderna estão separando marido e mulher cada vez mais para longe um do outro, em vez de produzir intimidade e mutualidade: 

1) Numa sociedade tão complexa como a em que vivemos, experiências diferentes e sistemas de valores diferentes separam os casais. Antigamente, as pessoas nasciam e cresciam juntas num mesmo lugar. Hoje, elas vêm de passados completamente diferentes. 

2) A sociedade moderna tem passado a idéia de que o casamento é um relacionamento na base de 50/50 (fifty-fifty).
Isso é, cada um dá um pouco de si. Mas isso não funciona, na verdade. O padrão cristão é 100/100. No casamento, temos de nos dar inteiramente.

3) O egoísmo é provavelmente a maior ameaça à unidade do casal. Ser egoísta é buscar realização pessoal deixando o cônjuge de fora. Uma ilusão bastante comum é que marido e mulher podem obter sucesso independentemente um do outro e ainda ter um casamento bom. Na prática, quase nunca isso dá certo. 

4) Outro fator de isolacionismo são problemas não superados. Os pesquisadores mostram que cerca de 70% dos casais que passam por experiências traumáticas – como perder um filho num acidente, ou ter um filho gravemente deficiente – se separam ou se divorciam. 

5) A mídia tem popularizado a idéia de que aventuras extramaritais é algo normal. O fato é que, não somente o adultério consumado, mas o adultério emocional – uma amizade muito íntima com alguém do sexo oposto – provoca o isolacionamento dos cônjuges. 

6) A pressão contínua do estilo de vida acelerado em que vivemos contribui
para que cada vez mais vivamos estilos de vida separados uns dos outros. 

7) Outro fator é nosso hábito de assistir TV. O problema é mais grave do que a violência mostrada na tela. Membros de uma família podem estar juntos na mesma sala assistindo TV, e estar perfeitamente isolados uns dos outros. À medida em que nos enfiamos em nossos casulos, mais e mais nos desconectamos uns dos outros.
     A grande maioria dos moradores das grandes cidades – mesmo cristãos
- raramente conhece seus vizinhos! Todo o moderno sistema de comunicação produzido atualmente pela sociedade tende a eliminar cada vez mais o contato humano: Internet, email, chat, etc.
     O isolamento é uma ameaça séria mesmo para casais cristãos. Estes cristãos precisam perceber que se não tomarem as providências necessárias e se não tratarem dessa ameaça juntos, acabarão por viver isolados uns dos outros, mesmo debaixo do mesmo teto. Muitos casais casados têm sexo mas não amor. O erro típico que muitos casais cometem é não antecipar que problemas desse tipo podem ocorrer com eles. E quando os problemas surgem, são apanhados desprevenidos.
     Vivemos num mundo cheio de problemas. A tentação de muitos, debaixo de pressão, é isolar-se, hibernar como um urso em sua caverna no inverno. Embora essa pareça uma alternativa atraente, é somente com o apoio de amigos que poderemos suportar as misérias desta vida. Fiquei impressionado com o que aconteceu recentemente no Japão, quando três empresários japoneses falidos enforcaram-se juntos no mesmo quarto de hotel. Numa sociedade individualista como a nossa, suicídios não acontecem assim! Mas se os japoneses conseguem ser solidários até na morte, será que não podemos aprender, na vida, a compartilhar nossa existência e experiências com outros?
     O que podemos fazer, como cristãos, para vencer o isolamento? Aqui vão algumas dicas: 1) Busque maior intimidade com Deus, pela leitura da Bíblia e pela oração diária. Quando nos aproximamos de Deus, podemos melhor nos aproximar dos outros. 2) Planeje gastar tempo com seu cônjuge fazendo coisas que ambos apreciam. 3) As vezes o isolamento foi causado por uma atitude errada sua, com a qual o seu cônjuge ofendeu-se ou magoou-se. É preciso pedir perdão e buscar a reconciliação. 4) Às vezes quando a situação já se tornou muito complicada e difícil, é preciso procurar ajuda espiritual e psicológica. Pastores e psicólogos cristãos são geralmente treinados para oferecer apoio e soluções para casos assim.
     Não permita que o isolamento acabe a alegria do seu casamento. Casados também podem ser felizes juntos!

Em Cristo

Anilson Crivelaro

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O sentido do Matrimônio

O café da manhã que mamãe preparava era maravilhoso!
Embora fôssemos uma família humilde, minha mãe sempre preparava com muito carinho a primeira refeição do dia.
Era ovo frito com farinha, outro dia era ovo escaldado, depois era bife com pão, lingüiça com ovo e pão...
Tudo feito com simplicidade.

Ao acordar, naquela manhã, quando retornei da 'lua-de-mel', para ir ao trabalho,

pensei que encontraria a mesa posta, o café da manhã preparado.
Como estava acostumado com a casa da mamãe, pensei que acordaria com aquele
gostoso cheirinho que vinha sempre da cozinha lá de casa.

Olhei para o lado e vi minha esposa, SOL, dormindo profundamente.

Feito um anjinho - de pedra!
Raspei a garganta, fiz barulho tentando acordá-la.

Nada! Fui para o trabalho irritado, de barriga vazia.
O local do trabalho ficava a uns cinco minutos do apartamento que alugávamos.

Ao me sentar na mesa de trabalho, sentindo a estômago roncar, abri a Bíblia no seguinte trecho:
'O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles' (Lc. 6:31).

Disse pra mim mesmo: 'O Senhor não precisa dizer mais nada'...
Lá pelas nove horas da manhã, hora em que se podia tirar alguns minutos
para o café, dei um jeito de ir até o apartamento, não sem antes passar em
uma padaria e comprar algumas guloseimas.
Preparei o café da manhã e levei na cama para SOL.

Ela acordou com aquele sorriso tão lindo!

Estamos para completar Bodas de Prata.
Nesses quase vinte e cinco anos de casamento, continuo repetindo esse gesto
todos os dias. E com muito amor!

Estou longe de ser um bom marido, mas a cada dia me esforço ao máximo...
Tenho muito a melhorar, tenho de ser mais santo, mais paciente, mais carinhoso.
Sinto-me ainda longe disso, pois o modelo que estou mirando é Jesus:
'Maridos, amai a vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela' (Ef 5,25)...

O matrimônio é um desafio, pois a todo o momento temos que perdoar e pedir perdão.

A cada dia temos que buscar forças em Jesus, pois, sem Ele nada podemos fazer (Jo 15,5).
Quando Paulo se despedia dos cristãos em Éfeso, citou uma bela frase de Jesus (que, aliás, não está nos Evangelhos):
'É maior felicidade dar que receber' (At 20,35).

Quando se descobre isso no matrimônio, se descobre o princípio da felicidade.

Por que muitos casamentos não têm ido adiante? Porque o egoísmo tomou conta do casal.
É o 'cada um por si' que vigora.

Estamos na sociedade do descartável: copo descartável, prato descartável, etc.
Pessoas não são descartáveis, porém, o que não é descartável precisa ser cuidado para ser durável.

O mundo precisa do testemunho dos casais de que o matrimônio vale a pena!
E, para que isso aconteça, é necessário um cuidado amoroso e carinhoso por parte do marido e da esposa.
Ambos têm o dever de cuidar um do outro com renovados gestos de carinho e perdão diariamente.

É preciso declarar, todos os dias o amor, em gestos e palavras.
A primeira palavra que sempre digo para minha esposa ao iniciar o dia é: 'Eu amo você'.

Não é fácil dizer isso às vezes, pois muitas vezes acordo de mal comigo mesmo.
Então, faço uma oração pedindo o Espírito Santo e Ele me dá a força do amor para amar aquele dia.
Recebo de Deus a força do perdão. Faça isso agora também. Declare seu amor!

Aos solteiros e aos que ainda não se casaram, quero dizer o seguinte:
'Se você estiver pensando em casar para ser feliz, não se case! Fique como está, solteiro mesmo'.
Mas, se sua intenção é casar para fazer alguém feliz, case-se e você será a pessoa mais feliz do mundo!

O segredo da felicidade é fazer o outro feliz!
Quem disse isso foi Aquele que mais entende de felicidade:


'JESUS', este nome tem poder!!!



Sobretudo, Senhor Jesus, faz-me sempre recordar que o fracasso é a prova que antecede o êxito.

Em Cristo
Anilson Crivelaro

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Russel Shedd

VETERANOS DA FÉ.Aos 80 anos de vida, o doutor Russell Shedd mantém-se como referência de integridade,conhecimento bíblico e vida cristã.

Não é muito comum um líder religioso chegar aos 80 anos em plena atividade. Mais raro ainda éter atravessado todo este tempo mantendo um ministério de visibilidade internacional. Agora, privilégio mesmo é poder ostentar uma reputação inabalada e manter-se como referência de conhecimento bíblico e saber teológico em idade tão avançada. Pois Russell Philip Shedd entrou para o rol dos octogenários em 10 de novembro passado com todas essas características. Missionário de origem americana, ele está radicado no Brasil desde 1962. Neste quase meio século, tem prestado decisiva colaboração à Igreja nacional, seja através de seus livros e trabalhos de cunho teológico, seja com suas pregações, conferências e palestras. Shedd é um teólogo com grande preparo. Com apenas 20 anos, graduou-se no Wheaton College, nos Estados Unidos. Ali, especializou-se em hebraico e grego – línguas bíblicas cujo conhecimento considera fundamental para uma correta interpretação das Escrituras. Em seguida, tornou-se mestre em teologia e, mais tarde, doutor em filosofia e Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo, na Escócia. Mas o saber não fez dele um acadêmico arrogante, desses que enxergam a divindade com a frieza dos livros. “O conhecimento não enfraquece a fé; pelo contrário, auxilia o nosso relacionamento com Deus”, afirma. “E ainda produz muita dependência dele também”. Para manter a comunhão com Deus, a receita desse veterano da fé é simples: “Acordo todo dia antes das cinco da manhã. Assim, é possível dedicar uma hora ou mais à leitura bíblica e à oração.” Com vinte livros publicados, Russell Shedd é muito conhecido no Brasil como fundador de Edições Vida Nova, casa publicadora especializada em obras teológicas pela qual lançou a

Bíblia Vida Nova

Em 1977, abrindo o mercado para a popularização das versões de estudo das Escrituras Sagradas. Foi também professor na Faculdade Teológica Batista de São Paulo durante30 anos e pastor da Metropolitan Chapel, congregação fundada por ele na capital paulista, onde vive e permanece ligado à denominação Batista. Missionário jubilado, Shedd tem um padrão devida simples, razão pela qual não aceita que o líder evangélico ostente riquezas. “Não creio que o ensinamento do Novo Testamento favoreça em algum momento o ato de esbanjar ou gastar somas grandes para provar que Deus nos tem abençoado”, comenta. O “senhor Bíblia” – como muitos o chamam, à sua própria revelia – concedeu esta entrevista a CRISTIANISMO HOJE:

CRISTIANISMO HOJE – O senhor tem um dos mais invejáveis currículos de formação teológica entre os líderes cristãos que atuam no Brasil. É difícil conciliar tanto conhecimento com a simplicidade de um relacionamento com Deus?

RUSSELL SHEDD – Não, não acho difícil. O conhecimento não enfraquece a fé; pelo contrário, auxilia o relacionamento com Deus. E produz muita dependência dele também.

De modo geral, como é o nível do conhecimento do crente brasileiro acerca de Deus e de sua Palavra?

Creio que um problema em diversas igrejas é a falta de ensinamento que explique mais detalhadamente a Bíblia toda. Por exemplo: quantos crêem num inferno eterno? E muitos crentes têm uma aversão contra a soberania de Deus, tal como a Palavra ensina.

Em 1962, quando o senhor chegou ao país, o panorama religioso nacional era completamente diferente do de hoje. Faça um paralelo entre a situação espiritual que encontrou naquela época e o que se vê atualmente.

Uma das principais diferenças foi que, naquele início dos anos 1960, as igrejas tradicionais condenavam interpretações e práticas pentecostais, como dons de línguas, profecia e curas miraculosas. Tais manifestações eram consideradas quase como heréticas. Hoje, as igrejas mais tradicionais tendem a condenar a teologia da prosperidade e os ensinamentos dos neopentecostais por falta de base bíblica. Os seminários proliferam, embora o ensino bíblico, em muitos casos, seja bastante superficial. E o interesse em missões continua sendo muito precário.

Então, apesar da haver mais seminários, o panorama do ensino teológico no Brasil não é bom?

Muitas igrejas montaram suas próprias escolas teológicas. Claramente, hoje temos muitas escolas sem professores treinados. O liberalismo teológico tem sido tirado de algumas escolas, enquanto em outras continua sendo uma opção que os alunos não têm habilidade para julgar ou avaliar. A leitura de autores como Tillich e Bultmann pode dar a idéia de que não há muita diferença entre o liberalismo e ortodoxia. Um bom número de autores teológicos modernistas está aí, no mercado editorial. Ao mesmo tempo, há um crescente número de excelentes opções de autores que abraçam firmemente a inspiração plenária das Escrituras e a ortodoxia tradicional.

O reconhecimento dos cursos teológicos evangélicos pelo Ministério da Educação [

Tema t ratado em reportagem nesta edição pode ser uma solução?

Não acho que esse reconhecimento seja positivo, uma vez que os professores precisam adquirir graus de mestrado e doutorado, muitas vezes orientados por professores liberais. E a vantagem de fazer um curso reconhecido se perde na medida em que os pastores se tornam mais, digamos,profissionais.

Como um ex-editor, o que o senhor acha do segmento editorial evangélico hoje? A realidade do mercado sufoca a vocação ministerial?

Não há dúvida de que, se não existir um mercado editorial, as editoras não podem sobreviver.Claro, elas também têm de ter um caráter de missão, para poder escolher títulos que o povo precisa ler. É óbvio que há muitos títulos no mercado que acho de pouca importância, mas isso não quer dizer que não haja muitos leitores que buscam informação e encorajamento nesses livros. Existe também uma outra questão. Algumas editoras evangélicas têm receio de publicar livros liberais, que poderiam destruir a fé dos leitores. Mas aquelas que publicam tais livros têm interesse no mercado e no aparecimento de outros autores “famosos”, mesmo que não sejam crentes evangélicos.

A popularização das Bíblias de estudo temáticas – como Bíblia da mulher, Bíblia das profecias, Bíblia dos pequeninos, Bíblia do executivo – tem beneficiado as editoras, que investem cada vez mais em novos lançamentos do gênero. Essa corrida pelo mercado é boa ou ruim?

Não acho ruim, uma vez que qualquer ajuda que o leitor recebe dessas bíblias somente poderia trazer benefícios. Não seria o caso se as notas fossem tendenciosas, oferecendo interpretações falsas.

Na diversidade de versões e edições que hoje existem da Bíblia, qual deve ser o parâmetro de escolha do crente em termos de fidedignidade?

O que importa é que a tradução escolhida não acrescente alguma idéia que o autor do original não tinha. Fidelidade na tradução sempre tem que reproduzir a idéia do original. Ela não pode incluir nem excluir algo que o texto hebraico ou grego diga.

O senhor é o presidente emérito de Edições Vida Nova, casa publicadora que ao longo dos anos tornou-se referência em obras de cunho teológico, e consultor da Shedd Publicações. Num mercado dominado por livros de cunho motivacional, a literatura teológica ainda encontra espaço?

Graças a Deus, sim. As vendas de livros publicados pelas Edições Vida Nova, bem como deShedd Publicações, têm aumentado ano a ano, juntamente como o crescimento do público evangélico.

O que deve ser feito pelas editoras para que as obras de conhecimento teológico não sejam apenas livros de referência para professores e estudiosos, mas também tenha apelo para o crente comum, o membro de igreja?

Os editores estão de olho naquilo que vende. Eles sempre seguirão o que a pesquisa de mercado indica que será um sucesso. Mas para aproximar as obras teológicas dos leitores comuns será evidentemente necessário tornar esses livros mais populares. Por exemplo, os manuais bíblicos. Hoje existem manuais de todos os níveis.

Em seus livros O líder que Deus usa e A oração e o preparo de líderes cristãos

, o senhor enfatiza a necessidade do caráter e do exemplo que o pastor deve dar às suas ovelhas. Qual sua impressão sobre a integridade pastoral hoje?

Infelizmente, temos ouvido sobre casos tristes de quedas de líderes no adultério, no nepotismo e na corrupção. Os pecados que destroem o ministério do líder muitas vezes são esquecidos pelas igrejas, que acham que o pastor é um homem de Deus e não deve ser demitido por um “tropeço”, especialmente se for um líder muito popular. A verdade é que sempre tivemos quedas de líderes durante a história, mas parece que a integridade deles hoje sofre desgaste maior.

Como evitar a excessiva vinculação da congregação a seu dirigente, de modo que a eventual queda do líder não represente um golpe inevitável na comunidade?

A queda de líderes muito proeminentes, isolados e sem o acompanhamento de bons auxiliares, torna-se um desastre para a igreja. Quando presbíteros e diáconos – ou seja, o segundo escalão na liderança da igreja – é muito responsável, acompanhando de perto o ministério do dirigente da congregação, é possível, em muitos casos, amenizar os efeitos de uma eventual queda.

Uma das expressões dessa concentração de poder nas mãos dos líderes é o uso de título eclesial, como o de bispo ou apóstolo. Biblicamente, qual é a legitimação disso?

O ensinamento de nosso Senhor sobre a necessidade de humildade e disposição de servir deve nos advertir sobre o perigo de procurar alguma autoridade que deve ser unicamente de Cristo. Não acho positiva a adoção de títulos que não sejam bíblicos. Bispo é um título bíblico, mas significa apenas “supervisor” e não alguém que domina a vida de outros líderes e pastores. Aliás, o único texto que menciona pastor humano no Novo Testamento é o de Efésios 4.11, onde o grego dá a entender que o pastor deve ser um mestre. Já a nomenclatura apóstolo, a não ser em raros casos, refere-se às pessoas que Jesus apontou pessoalmente – razão pela qual Paulo argumenta, na sua primeira Epístola aos Coríntios, que viu o Senhor ressurreto e que Cristo apareceu para ele em último lugar. Já Filipenses 2.25 registra o termo “apóstolo” no original, fazendo referência a Epafrodito, que foi autorizado especificamente para levar os donativos da igreja de Filipos a Paulo. Logo, ele foi apóstolo da igreja de Filipos, tal como Barnabé e o próprio Saulo o foi da igreja de Antioquia.

Muitos dirigentes denominacionais justificam a própria opulência argumentando que a prosperidade financeira do líder é sinal da bênção de Deus. Isso tem base bíblica?

Não creio que o ensinamento do Novo Testamento favoreça em algum momento o ato de esbanjar ou gastar somas grandes para provar que Deus nos tem abençoado. Jesus mandou o jovem rico vender o que ele tinha para dar o produto aos pobres. Fica evidente que o Senhor é completamente contrário a que os líderes gastem dinheiro em luxo ou desnecessariamente.

O que faz um líder cair e ficar pelo caminho, transformando seu ministério em motivo de escândalo?

Creio que a falta de cuidado em buscar uma intimidade com Deus todos os dias, evitando aparência do mal. Acredito que quedas ocorrem quando não achamos possível cair, ou quando ficamos seguros e até orgulhosos de nossa espiritualidade.

Quais têm sido as suas fontes de sustento ao longo desses anos todos?

Nós chegamos de Portugal em 1962, sustentados pela Missão Batista Conservadora. Ao longo desse tempo, igrejas e crentes da América do Norte enviaram suas ofertas missionárias para manter nossa família [

Shedd é casado com Patrícia e tem cinco filhos

 Hoje, esta entidade chama-se World Venture e continua sustentando missionários em muitos países do mundo. O nível de sustento é determinado pela missão de acordo com o custo de vida do país no qual o missionário vive. Desde janeiro de 2008, nossos recursos vêm do plano previdenciário SocialSecurity e de uma aposentadoria fornecida pela própria missão. Não temos sofrido nenhuma falta.

Em sua opinião, por que entidades associativas de pastores e líderes, como a Associação Evangélica Brasileira (AEVB), enfrentam problemas de continuidade? Falta interesse dos pastores em participar desses movimentos associativos?

Vários motivos explicam a falta de interesse em entidades associativas. Poucos acham importantes, ou de grande benefício, esse tipo de associação. A maioria dos pastores está tão ocupada com seus programas, planos e ministérios que não acham que vale a pena contribuir etrabalhar para alguma entidade além da própria denominação.

Em quê o conhecimento das línguas bíblicas originais pode ajudar na prática da pregação?

A importância de estudo das línguas originais reside no fato de que através dele se pode explicar melhor o significado que certos termos e frases tinham quando o autor escreveu o texto bíblico. A diferença entre as culturas bíblicas e a cultura ocidental em que vivemos hoje requer bastante cuidado para se entender a visão de mundo e os valores que regeram os escritos bíblicos. Além disso, as línguas originais ajudam chegar a conclusões mais seguras acerca do que dizem as Escrituras. Trabalhar com o texto original leva o pastor a pregar com mais cuidado e a poder afirmar: “Assim diz o Senhor”. Bons comentários também ajudam na tarefa de buscar o sentido do texto.

Essa falta de conhecimento é o motivo de tantas pregações superficiais?

Não é apenas isso. Imagino que os pastores e professores de Escola Bíblica Dominical não têm tempo ou muito interesse em examinar as Escrituras para saber de fato o que o autor queria

Comunicar. Preferem usar uma hermenêutica que recorre a alegorias sobre o texto bíblico. Assim, é possível dar uma interpretação muito diferente daquela que a Bíblia ensina.

Qual o tempo adequado para o preparo de uma mensagem consistente?

Varia muito. Alguns pregadores podem chegar à proposição, ou seja, ao ensinamento central do texto, com mais facilidade do que outros. Daí, procurar os argumentos dentro do texto que sustentem a proposição demora também. O professor Karl Lachler, que lecionou muitos anos na Faculdade Teológica Batista de São Paulo, dizia que uma hora de estudo por cada minuto de mensagem parece exagerado… Porém, aquele que estuda e medita para chegar ao cerne da mensagem do texto, além de buscar os argumentos dentro do trecho escolhido que comprovem essa proposição, pode gastar bastante tempo. Infelizmente, cuidado no preparo de mensagens que alimentem o rebanho e a realização de visitas para conhecer bem as vidas dos membros e confrontar aqueles que não estão obedecendo às ordens do Senhor têm sido práticas esquecida sem muitas igrejas. Pastores santos, crentes firmes na veracidade da Bíblia, com famílias ajustadas, que buscam ao Senhor com muita oração e fé, produzem igrejas de qualidade.

A Igreja contemporânea está sempre buscando novas formas de crescer, e muitas congregações recorrem a modelos empresarias de gestão e marketing. O que o senhor pensa de incorporação de tais elementos à obra de Deus?

Não tenho nada contra o crescimento das igrejas, desde que ele não ocorra em detrimento da qualidade da formação dos membros na imagem de Cristo, conforme preconiza o texto de Romanos 8.29. Sou muito a favor do crescimento do número dos genuinamente convertidos e nascidos de novo. O problema surge quando, no interesse de aumentar o tamanho da igreja, deixa-se de lado a santificação dos membros. Ora, sem a santificação, conforme Hebreus 12.14, ninguém verá o Senhor! Ocorre que modelos de gestão eclesiástica não têm tido muito sucesso no discipulado e na formação de homens e mulheres de Deus. Uma igreja muito grande pode ter dificuldades em integrar os fiéis num plano de crescimento espiritual verdadeiro. Com o aumento do número dos membros, é muito fácil perder os indivíduos de vista. Além disso, numa igreja grande os crentes muitas vezes não se sentem responsáveis para servir, contribuir, discipular ou alcançar novos convertidos, especialmente se houver na comunidade líderes pagos para cumprir esse papel. Por outro lado, uma igreja grande tem recursos pessoais e financeiros para se comprometer com grandes projetos e muitos ministérios.

Então, qual deve ser o objetivo de uma igreja?

O alvo bíblico descrito em Colossenses 1.28 – proclamação, advertência, ensino com toda sabedoria e entendimento espirituais – é o objetivo que todo pastor e igreja devem considerar como prioridade.

Em sua opinião, a mídia eletrônica é um bom púlpito?

A televisão pode, sim, ser um bom canal para se explicar o Evangelho. Mas ela tem sérias deficiências também: as pessoas não são discipuladas se não se tornam membros ativos da família de Deus. Um compromisso muito sério com uma igreja local que ensine a Palavra de Deus com autoridade é o caminho do discipulado e do crescimento espiritual.

De alto de sua experiência, o que o deixa preocupado em relação ao futuro da Igrejabrasileira?

A minha preocupação se concentra na qualidade espiritual da liderança e dos membros dasigrejas. É assustador ver a quantidade de divórcios que ocorrem hoje entre casais evangélicos e a

falta de integridade por parte dos líderes. Também fico muito preocupado com a proliferação deensinamentos que não são bíblicos, como a teologia da prosperidade, que nega a necessidade deo crente negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Jesus.

Qual a sua compreensão acerca do que seja um avivamento?

O avivamento tem algumas evidências. Uma delas é quando o Senhor e sua Palavra têm maisimportância do que o dinheiro ou qualquer outra coisa material. Avivamento cria arrependimentoprofundo pelos pecados cometidos e muita alegria no Senhor ao reconhecer seu perdão. Parauma Igreja avivada, o evangelismo se torna algo natural e as missões transculturais, umaprioridade, uma vez que Jesus mandou seus servos fazerem discípulos de todas as nações.

Logo, ao contrário do que se diz, a Igreja brasileira hoje não experimenta um avivamento?

Não acredito que o que acontece hoje, com o rápido crescimento da Igreja, seja um avivamentode verdade. O que eu vejo é que falta temor do Senhor, arrependimento profundo e interesse por missões.

O senhor é filho de missionários americanos que aqui chegaram na primeira metade doséculo passado, época em que obreiros estrangeiros tinham grande influência no Brasil.Hoje em dia, sendo o país uma potência evangélica, ainda há espaço para eles?

De fato, a influência de missionários estrangeiros aqui é cada vez menor. Mas ainda há áreas emque obreiros vindos de fora poderiam ser úteis, como no preparo para as missões transculturais.O treinamento em determinadas áreas, como antropologia, linguística e informação acerca depovos não alcançados continua sendo uma área em que os missionários estrangeiros podem ser muito úteis à Igreja brasileira.

Pode-se dizer que já existe uma teologia genuinamente nacional?

Creio que teologia nacional, brasileira, seria aquela alicerçada em nossa história e cultura. Nãoacho que poderia encontrar uma visão como essa bem divulgada no Brasil. Ainda há muitadependência dos livros estrangeiros e de modelos de igrejas que tendem a copiar o que se faz emoutros países.

Do que o senhor sente falta na Igreja de hoje e que já viu em outros tempos?
De um lado, mais ensino da Palavra, mais preocupação com santificação e mais investimento emmissões transculturais. De outro, uma Escola Dominical mais forte, uma hinologia alicerçada nateologia bíblica e mais livros de ensino sério.

Religião!!!!??????

A existência de tantas religiões e a afirmação de que todas as religiões levam a Deus com certeza confundem muitas pessoas que estão sinceramente procurando pela verdade sobre Deus. O resultado final, a pessoa acaba sendo derrotada pelo desafio de realmente alcançar verdade absoluta no assunto. Ou então acabam adotando a posição universalista de que todas as religiões levam a Deus. Naturalmente, céticos apontam para a existência de muitas religiões como prova de que não se pode conhecer a Deus ou então que Ele não existe.

Romanos 1:19-21 contém a explicação bíblica para a existência de tantas religiões: “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”. O significado dessas passagens bíblicas é bem claro. Todo ser humano vê e conhece a verdade sobre Deus, pois Deus fez com que fosse assim. Ao invés de aceitar a verdade sobre Deus e se submeter a ela, a maioria dos seres humanos a rejeitam e procuram a sua própria forma de compreender a Deus. No entanto, isso não o leva a esclarecimento sobre Deus, mas à futilidade de raciocínio. É aqui que encontramos a explicação para ‘tantas religiões”.

Muitas pessoas não querem acreditar em um Deus que exige retidão e moralidade, por isso acabam inventando um "deus" que não tem essas exigências. Muitas pessoas não querem acreditar em um Deus que declara ser impossível merecer ir ao céu através de boas obras. Por isso eles inventam um "deus" que permite que certas pessoas entrem no céu se elas seguirem certos passos, seguirem certas regras e/ou obedecerem certas leis, pelo menos da melhor forma possível. Muitas pessoas não querem um relacionamento com um Deus que é soberano e onipotente. Por isso imaginam Deus como sendo uma força mística, ao invés de uma autoridade pessoal e soberana.

A existência de tantas religiões não é um argumento contra a própria existência de Deus ou um argumento de que a verdade sobre Deus não é clara. Ao contrário, a existência de tantas religiões é a demonstração da rejeição da humanidade do Deus verdadeiro e da Sua substituição por deuses que agradam seus seguidores. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”. (Gálatas 6:7-8).

Todas as religiões levam a Deus? Sim.Todas com exceção de apenas uma leva ao Seu julgamento, e apenas uma leva ao Seu perdão e vida eterna – Cristianismo.
Qualquer que seja a religião aderida, todos nós encontraremos a Deus depois da morte (Hebreus 9:27). Todas as religiões levam a Deus, mas apenas uma religião vai resultar em Deus nos aceitando, porque apenas através de Seu plano divino de salvação através de Jesus Cristo alguém pode se aproximar Dele com confiança. A decisão de aceitar a verdade sobre Deus é muito importante por um simples motivo: a eternidade é muito longa para estarmos errados. Por isso pensar sobre Deus da forma correta é de grande importância.
fonte: gotquestions.org

quarta-feira, 11 de maio de 2011

UM EXCELENTE TEXTO PARA TORNAR E MANTER UM CASAMENTO FELIZ.

 Hoje não esta fácil manter um casamento.. mesmo na igreja... 
 Temos que ter o cuidado tanto casados como solteiros... prestem atenção.. 


 Proteja Seu Casamento 


Muitas vezes um casamento vai bem, e acaba abalado por causa de um relacionamento inesperado com uma terceira pessoa. Começa de maneira inocente e agradável, torna-se cada vez mais envolvente. Por fim, traz complicações e desgraças para muita gente. 

 Não foi um acidente ou ''um grande amor que surgiu''. Foi um relacionamento do qual o casamento deveria ter sido protegido. Não seja ingênuo pensando que isto só acontece com os outros. Muita gente boa já caiu exatamente por ser ingênua assim. Lembre-se de 1 Coríntios 10.12. ("Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia"). Por isso, proteja eu casamento... Eis algumas dicas: 


 § Tenha bom senso com suas companhias
 Evite gastar tempo desnecessário com alguém do sexo oposto. Muitos casos surgem por não se agir assim. Um executivo precisa de aulas particulares de inglês e contrata uma jovem professora. Contrate um homem. Não significa que cada contato com alguém do sexo oposto seja porta para o adultério. Significa evitar oportunidades para cair. Companhia contínua cria intimidade. Intimidade com o sexo oposto traz problemas. 


 § Tome cuidado com as confidências 
 A pessoa mais íntima de alguém deve ser seu cônjuge. Segundo a Bíblia, são “uma só carne”, isto é, uma só pessoa. Se há aspectos de seu relacionamento que você não pode compartilhar com esposo(a) e compartilha com alguém do sexo oposto, a coisa está ruim. As pessoas tendem a se solidarizar com quem sofre e a proximidade emocional se torna perigosa. Um homem que se queixa de sua esposa para outra mulher está traçando um caminho perigoso. Isto vale para quem faz e para quem ouve confidências. 


 § Evite momentos a sós  
 Decida não ter momentos privados com alguém do sexo oposto. Se um(a) colega de trabalho pedir para ter um almoço com você, convide uma terceira pessoa. Se necessário, não se constranja em compartilhar os limites que você e seu cônjuge concordaram ter no seu casamento. É melhor ser visto como rude que vir a cair em pecado. 

 § Vigie seus pensamentos 
 Cuidado com o que pensa. Se você só se detém nos defeitos de seu cônjuge, qualquer outro homem ou mulher parecerá melhor. Faça uma lista das coisas que inicialmente lhe atraíram em seu cônjuge. Aumente o positivo e diminua o negativo. Evite filmes, conversas, sites e literatura que apologizam o adultério. Lembre de Colossenses 3.2.  ("Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra").

 § Evite comparações 
 Um homem trabalha com uma mulher perfumada, maquiada, bem vestida. Em casa encontra a esposa, com criança no colo, cabelo desfeito, banho por tomar. Uma mulher encontra um homem compreensivo com quem pode se abrir, e se sente mais à vontade com ele do que com o esposo. Ignoraram situações e contextos diferentes. Foram iludidos pelo irreal. Lembre-se do pródigo: o mundo lhe era fascinante, mas terminou num chiqueiro. As aparências iludem, porque o mundo em que vivemos em casa é o real. O mundo de relacionamentos fora de casa é sempre artificial. 

 § Evite a síndrome do retorno 
 É a idéia de que a vida sentimental e sexual caiu na rotina, e agora, a pessoa “renasceu”. Já vi inúmeros casos assim: “Eu renasci”, ou “Eu me senti jovem de novo”. Não banque o adolescente. Você é um adulto com responsabilidades e com uma pessoa com quem partilha a vida. Construa sua vida com seu cônjuge. Se sua vida conjugal se “fossilizou”, há outros caminhos. Revigore-a com seu cônjuge. Há pessoas que sempre se fossilizam e pulam de relacionamento em relacionamento, procurando o que não produzem. Temos o que produzimos. 

 § Ponha seu coração no seu lar 
 A solidez do casamento vem pelo tempo que os cônjuges gastam juntos. Conversas, risos, passeios, programas comuns. Se você não sai com seu cônjuge, marque datas para os próximos meses. Vocês devem ter um ao outro como o melhor companheiro. Mantenham o clima de namoro: querer estar junto com a pessoa. Orem juntos. Dificilmente duas pessoas que oram juntas brigarão entre si. Sejam parceiros espirituais. 

 § Invista em seu cônjuge 
 O marido da mulher virtuosa é conhecido quando se levanta em público (Pv 31.23). A idéia é que ele está bem vestido e vê o caráter dela pela roupa dele. Uma boa esposa é um bom tesouro (Pv 18.22). De bom tesouro cuida-se e evita-se perdê-lo. Marido: mulher bem tratada é um grande investimento; o retorno emocional é garantido. Mulher: marido bem tratado é um grande investimento; o retorno emocional é garantido. 


§ Busque ajuda 
Havendo problemas, busque ajuda. Primeiro em Deus. Lembre-se de Tiago 1.5. ("Se porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida"). Busque orientação de pessoas mais experientes ou de seu pastor. Evite que o problema se avolume. Evite conselhos de gente que não tem o que dizer. Os amigos de Roboão lhe deram maus conselhos (1Rs 12.6-12). Nesta busca de ajuda, evite por mais lenha na fogueira. Evite também raiz de amargura (Hb 12.15). Busque ajuda e não um juiz a seu favor. 

 § Conclusão 
Bons casamentos não acontecem por acaso. São produto de muito trabalho e da graça de Deus. Boa parte do trabalho é investimento emocional no relacionamento conjugal. “Vender a alma” para o cônjuge. Mas investir sem proteger é problemático. É preciso levantar cercas contra os problemas externos, porque os internos são mais vistos e os dois os vivenciam. Não permita brechas. Não dê armas ao inimigo. 

 Publicação do Jornal Ágape de Limeira-SP – 2ª quinzena de janeiro/2011.

Lady Gaga

Um novo clipe da cantora Lady Gaga, “Judas”, me chamou atenção depois que uma reportagem havia dito que a igreja católica não tinha gostado dele. Apesar de não confiar muito no discernimento da Igreja Católica, dessa vez ela estava mesmo certa. Fui investigar sabendo que Lady Gaga já é conhecida por maneirismos que delatam um comportamento vulgar e suspeito de utilização do ocultismo como uma ferramenta para atrair as atenções dos desavisados. A própria escolha do título dá uma pista do que ela queria. Judas foi aquele quem traiu Cristo por trinta moedas.

Pode parecer apenas marketing e algo normal, porém no showbizz tudo que é feito “de propósito” também é feito “com um propósito”. A intenção é parecer apenas uma brincadeira inofensiva quando na verdade a simbologia oculta visa sempre induzir o ser humano a fazer o que “eles” querem. Tudo é muito bem planejado, há mentes muito inteligentes por trás das criações desses astros da música americana, pois ela é uma propagadora de cultura americana e uma indústria de entretenimento. Um dos sucessos anteriores de Lady Gaga é “Poker face”. Trata-se de uma cacofonia em inglês. É uma palavra que tem origem grega cujo significado é que trata-se de uma palavra de som desagradável. Em síntese: é o nome que se dá a sons desagradáveis ao ouvido formado muitas vezes pela combinação de palavras, que ao serem pronunciadas podem dar um sentido pejorativo, obsceno ou mesmo engraçado.
É exatamente o que acontece com a música Poker Face. A música não tem nada a ver com poker, o jogo de cartas, mas trata-se de uma cacofonia, em inglês, de "Poke herface", que significa, em uma tradução não ao pé da letra, "Faça sexo oral com ela". Tudo é muito bem calculado para parecer apenas uma brincadeira, ou parte de um estilo despojado e ousado. Seguindo a linha de Madona.Mas existe um motivo pra isso.Imagine qual.

Voltando ao clipe Judas tudo se inicia com Lady Gaga na garupa de um motoqueiro que tem uma coroa de espinhos na cabeça, obviamente simbolizando Jesus Cristo. Em uma parte do clip o suposto cristo coloca a mão sobre a cabeça de um homem como se estivesse curando, fazendo um milagre, em outra parte gaga aparece em uma banheira com Jesus e Judas e lavando os pés de Jesus e logo depois Judas beija Jesus exatamente como na Bíblia quando entregou o mestre.Mas o que mais choca é a letra da música especialmente essse trecho: Jesus é minha virtude, mas Judas é o demônio ao qual eu me apego.Eu me apego.Confesso que não consigo ver esse vídeo, ele me dá náuseas, me causa nojo, asco e chego em vias de vomitar.Por que será?

E pensar que milhões de pessoas vão baixar, comprar CD´s, ir aos shows, dançar em boates e em clubes essa música. Afinal Lady Gaga é considerada uma das 25 pessoas mais influentes e uma das 5 pessoas mais bem remuneradas do mundo.Seus shows já somam 1,5 milhão de pessoas ao redor do mundo.A vendagem de sua música já se aproxima dos 100 milhões entre CD´s, singles e todas modalidades de vendas de música.Ela é “poderosa”.

O homem moderno não possui mais a capacidade de decifrar essa complexa rede de simbolismo que existe no mundo de hoje que fica escondida por trás do que todos nós vemos, ouvimos, comemos, sentimos e consumimos. Mas não há nada oculto que não será revelado, nem nenhum segredo que não virá à luz.A sabedoria deve ser partilhada e não ser usada de forma desleal e oculta.Tudo aquilo que é feito de forma escondida e ainda mais para induzir alguém a fazer algo que não lhe é natural, deve ser considerado o mal! O bem só se faz de forma límpida, clara e sincera.

Estar atento, reflexivo e “ligado” é uma saída para enfrentar esse mal.