quarta-feira, 23 de março de 2011

JESUS VEM BUSCAR E SALVAR O PECADOR! Sermão baseado em Lucas 19.1-10

Por: Adrien Bausells
Introdução
Certa vez, um homem rico perdeu uma bolsa com quatrocentas moedas de ouro. Então, anunciou nos jornais da cidade que daria uma boa gratificação a quem a encontrasse e a devolvesse para ele.
Dias depois, um homem muito pobre encontrou a bolsa e devolveu-a ao rico.
O rico contou as moedas. Estavam todas ali. Mas, como era muito avarento procurou um jeito de não dar a gratificação prometida. Então, olhou para aquele homem humilde e lhe disse: “Faltam cem moedas. Você me roubou. Não merece gratificação nenhuma”.
O pobre homem, indignado foi expor o fato ao juiz da cidadezinha.
O juiz mandou chamou o rico e perguntou:
- Quantas moedas havia na bolsa que você perdeu? - Quinhentas – respondeu-lhe o rico. - E quantas há na bolsa que este homem trouxe? - Quatrocentas, respondeu o rico.
Aí o juiz disse:
- Então essa bolsa não é sua. Devolva a bolsa a este homem e desapareça da minha frente.
(Conclusão da ilustração) A injustiça que o homem rico quis fazer contra o homem pobre resultou em prejuizo para ele mesmo. Ele foi vítima de sua própria ganância e injustiça! Pessoas injustas, cedo ou tarde acabam se tornando vítimas de suas próprias atitudes.
(Transição para a página 1) No texto em que acabamos de ler para a meditação desta manhã encontramos um homem jamado Zaqueu.
Zaqueu havia feito uma opção em sua vida. Ele era um injusto cobrador de impostos e se tornou vítima de sua própria injustiça.
(Frase Foco da P. 1) Zaqueu é vítima de sua própria injustiça!
Paradoxalmente, o nome Zaqueu significa “O Justo”, mas este supervisor de coletores de impostos da região de Jericó não gozava da virtude do significado de seu nome e nem de prestígio entre seu povo.
Quando saia de casa para trabalhar ele podia perceber as pessoas olhando com desprezo para ele e cochichando umas com as outras. Dedos eram apontados em sua direção enquanto as pessoas lhe viravam o rosto.
Outros atravessavam a calçada só para não cruzar com ele no caminho. Seus filhos na escola só podiam brincar com os filhos dos outros publicanos.
Apesar de se chamar Justo, toda a comunidade judaica em Jericó não o considera justo. Pelo contrário, o considera um homem ímpio e injusto!
Não apenas porque ele coleta impostos de seu próprio povo, mas também porque trabalhava para os gentios romanos que achacavam os países conquistados com cobranças de impostos.
Os coletores de impostos, ou publicanos como também eram chamados, eram notórios por coletarem mais impostos do que lhes era requerido por Roma.
Como não tinham um salário fixo, ficavam com o excedente do que devia ser enviado para os cofres romanos. Assim, quanto mais dinheiro eles coletavam, maiores eram os seus próprios salários
Como chamar de justo alguém que cobra mais impostos do que devido?
Como chamar de Justo alguém que fica com uma parte só para si? Como chamar Zaqueu pelo nome – O Justo – se sua riqueza estava sob suspeita de fraudes?
Já pensou o sujeito saindo de casa para fazer a declaração do seu imposto de Renda sabendo que a cobrança é arbitrária, que a mordida do leão será feroz?!
No caminho um amigo lhe pergunta: Onde você está indo? E o sujeito tem que responder: Estou indo pagar os impostos para “o Justo”, ou seja, “Zaqueu”!
(Narrativa) Mas num belo dia, ao sair de casa em direção a coletoria, Zaqueu percebe o corre-corre nas ruas de Jericó. As pessoas se aglomeram na entrada da cidade. Algo está acontecendo.
Zaqueu descobre que Jesus está chegando à cidade e deve passar pelas ruas principais.
A fama de Jesus já havia chegado à Jericó. Muitos comentavam a respeito deste novo rabino que pregava o reino de Deus. Um rabino diferente que comia com pecadores, que curava pessoas mesmo nos sábados, que fazia milagres, e que estava colocando a religião judaica de ponta cabeça.
Isto tudo desperta a curiosidade e o interesse de Zaqueu! Apesar de ignorado por seu povo ele ainda era um judeu. Apesar de viver em pecado ele ainda se lembrava das histórias que ouvia quando criança e de tudo o que aprendeu a respeito do Deus de seu povo.
Quando criança fora educado dentro de sua religião. Ele sabia que estava distante de Deus e que precisava de ajuda. Ele não agüentava mais aquela vida de exclusão. Ele havia se tornado vítima de sua própria injustiça e de suas escolhas.
Mas como se aproximar de Jesus?
Além de mal visto por todos, Zaqueu tem uma limitação física. Ele é baixo demais. Ele tenta romper a multidão, mas não consegue penetrar a muralha que é formada em torno de Jesus.
Zaqueu deixa de lado todos os pudores e todas as regras sociais e corre adiante o mais rápido que pode tentando encontrar um espaço para ver Jesus.
Alguma coisa mais forte move seu coração na direção de Jesus e sem titubear ele sobe em uma árvore e ali espera por Jesus.
Ele queria apenas ver aquele rabino que diferentemente dos religiosos que ele conhecia, era capaz de conversar com publicanos e pecadores. Zaqueu queria ver aquele rabino que era capaz de olhar com amor para todo tipo pessoas. Inclusive pessoas como ele.
A cena é inusitada. O maior entre os publicanos, o homem mais rico da cidade, “trepado” numa árvore como se fosse uma criança curiosa esperando para ver Jesus passar!
Zaqueu se tornou vítima de suas próprias escolhas e Injustiça. E seus pecados o separavam de Deus e de seu povo.
(Frase Foco da .2) Nós somos vítimas de nossa própria Injustiça!
Assim como Zaqueu havia se tornado vítima de suas próprias injustiças, muitos de nós também nos tornamos vítimas de nossos próprios pecados. E nossos pecados nos separam de Deus e do seu povo!
Ilustração
Certa vez eu estava com fome e peguei uma maça para comer. Ela parecia a maça da branca de neve de tão perfeita aos olhos. Grande e vermelha.
Mas quando eu dei a primeira mordida percebi que por dentro estava escura. Olhei bem e vi pequeno bichinho ainda vivo dentro dela e uma parte já bem estragada.
Achei aquilo muito estranho, pois não havia do lado de fora nenhuma marca ou furo por onde aquele bicho pudesse ter entrado. Como aquela pequena larva havia entrado na maça?
Aquele pequeno verme na verdade sempre esteve dentro daquela maça. Como? Simples!
Antes mesmo da maça brotar, um inseto depositou seus ovos na flor da macieira. Algum tempo depois, a larva chega ao coração da maça, e então, começou a comer a fruta de dentro para fora.
(Conexão da ilustração com a P.2) O pecado, assim como a larva da maça, começa em nosso coração segue pelos nossos pensamentos, palavras e atitudes das pessoas.
Nós não somos diferentes de Zaqueu. Somos todos pecadores. Nós já nascemos pecadores, pois o pecado está arraigado em nossa própria natureza.
Assim como Zaqueu, nossas escolhas, nossas atitudes, nossos pensamentos se tornam grandes obstáculos para nos aproximarmos de Deus.
 O rapaz que chegou aqui neste seminário motivado por uma vocação, mas que saiu completamente fascinado pelo status, poder ou dinheiro;
 O pai de família que abriu mão de seu lar por que se envolveu com uma mulher mais nova do trabalho;
 A jovem ou o jovem que não resistem aos apelos da sociedade e a cada noite procuram alguém diferente para curtir a vida;
 O funcionário que diante da oportunidade de fraudar seu patrão abriu mão de seus princípios cristãos;
O problema é que na medida em que fazemos as escolhas erradas nos tornamos vítimas de nossas próprias escolhas. Elas nos separam das pessoas e de Deus.
E para aumentar mais ainda a dificuldade, alguns que se consideram mais santos, mais certos, mais religiosos criam mais obstáculos para que pessoas como Zaqueu se reaproximem de Deus!
Quantas pessoas que conhecemos se encontram nesta situação. E para complicar ainda mais a vida delas, nós mesmos muitas vezes nos tornamos juízes.
Nós mesmos eliminamos tais pessoas de nossa rede de amizades e de relacionamentos, pois afinal somos povo de Deus e não compactuamos com este tipo de comportamento.
Não podemos nos esquecer que também somos pecadores também e que também erramos em pensamentos, palavras e ações.
Nós também carecemos da Graça de Deus. E se pela graça de Deus fazemos parte da igreja, do corpo de Cristo é porque a graça de Jesus nos alcançou.
E se a graça de Jesus nos alcançou devemos ser portadores desta graça para aqueles que estão perdidos em seus pecados.
É incrível a quantidade de pessoas que tiveram uma experiência na igreja, mas que ao longo da jornada ficaram pelo caminho! E mesmo quando um sentimento de arrependimento surge, não encontram mais espaço nas comunidades de onde saíram.
Ilustração
Philip Yancey em seu livro Maravilhosa Graça começa contando a historia de uma mulher que o procurou para aconselhar-se, pois não suportava mais convier com a culpa de seus pecados.
Ele conta que esta mulher era uma prostituta que passou a agenciar a sua própria filha pré-adolescente, pois um programa que a filha fazia valia mais do que 10 que ele fizesse. Mas a culpa estava corroendo aquela mulher a ponto dela não suportar aquilo.
Philip Yancey então pergunta a ela. Você nunca pensou em procurar uma igreja para pedir ajuda? E ela então respondeu: Para que? Para eu me sentir mais culpada ainda?
Quando Zaqueu encontrava os judeus e os líderes religiosos de seu povo ele se sentia mais culpado ainda.
Assim como muitas pessoas que conhecemos, e que, infelizmente, ainda vivem mergulhados nas conseqüências de seus pecados. Eles sentem a culpa quando olham para as igrejas e encontram julgamento e não acolhimento.
Mas a história de Zaqueu estava prestes a mudar, pois...
(Frase Foco da P.3) Jesus vem buscar e salvar Zaqueu!
Quando Jesus está passando bem debaixo da árvore em que Zaqueu está pendurado, Ele para, olha para cima, fita Zaqueu nos olhos e diz: “Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa”.
Jesus surpreende a todos, especialmente Zaqueu. Neste instante Zaqueu para de ouvir o barulho da multidão. Ele para de enxergar o tumulto a sua volta. Zaqueu tão somente tem olhos e ouvidos para Jesus.
Nunca o nome de Zaqueu soou tão doce na boca de alguém. Aquele que era chamado pelas pessoas de pecador, publicano, impuro, e injusto, escuta o seu nome proferido pela boca de Jesus.
Zaqueu salta da árvore e com muita alegria recebe Jesus. O povo acha aquilo muito estranho e logo começa a murmurar. Mas Zaqueu só tem olhos e ouvidos para Jesus.
Jesus rompe todos os preconceitos e obstáculos para resgatar salvar Zaqueu de sua condição pecadora e excluída.
Jesus rompe com preconceitos morais! Jesus rompe também com preconceitos sociais. Jesus rompe também com preconceitos Religiosos.
Jesus derrama sua graça sobre Zaqueu, pois ele veio buscá-lo e salvá-lo.
A graça de Deus entra na vida de Zaqueu. Aquele que era pecador, o excluído, considerado traidor, agora se vê envolvido pelo amor de Deus e não resiste.
Jesus está em sua casa. Zaqueu chama seus poucos amigos publicanos para este momento especial. As pessoas do lado de fora protestam.
Mas ninguém poderia roubar aquele momento na vida de Zaqueu. O rabino Jesus estava em sua casa. Zaqueu rompe num brado de alegria. E para surpresa de todos diz:
“Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens. E se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”.
Jesus já havia transformado a tristeza de Zaqueu em alegria; “Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria” v.6
Agora Jesus transforma a ganância de Zaqueu em generosidade; “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens”. v.8
Jesus transforma o injusto em um homem justo; “Se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”. v. 8
Jesus busca e salva o perdido! “Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. v.9-10
É o Poder da Graça de Deus na vida de um Pecador.
Mas assim é Jesus. Deus o enviou para buscar e salvar o pecador e não para julgar e condenar. A missão de Jesus está acima dos preconceitos, das tradições, da cultura e da própria religião.
Foi a convicção de sua missão que o levou até a cruz. O Justo morrendo pelo injusto para oferecer perdão aos que se arrependem.
Jesus veio buscar e salvar Zaqueu.
(Frase foco da P.4) Jesus vem buscar e salvar o pecador
História do Paco
Existe uma história espanhola de um pai e um filho que se afastaram um do outro. O filho fugiu de casa e seu pai saiu em busca dele procurando encontrá-lo. Ele o procurou por vários meses, mas foi em vão. Finalmente, num último esforço desesperado para encontrar o filho, o pai colocou um anúncio no Jornal de Madri. O anúncio dizia: “Paco, encontre-me em frente ao escritório do jornal ao meio dia do domingo. Tudo está perdoado. Eu te amo. Seu pai”. No domingo 800 Pacos apareceram, procurando pelo perdão e o amor do pai.
Deus esta atrás de seus filhos. Ele já colocou o anuncio na cruz de Cristo: Está tudo perdoado, eu te amo. Seu pai”. O que estamos esperando?
Assim como Jesus veio buscar e salvar Zaqueu ele vem buscar e salvar cada um de nos. A graça de Jesus tranformou a vida de Zaqueu e ela continua transformando a vida de muitas pessoas que se encontram perdidas.
Quando nos encontramos com a Graça de Deus experimentamos algo semelhante ao que Zaqueu experimentou naquele dia em que Jesus entrou em sua casa:
Jesus transformando nossa tristeza em alegria! Jesus transformando nosso duro coração em um coração mais generoso! Jesus transformando a nossa vida de pecado em uma vida frutífera. Jesus transformando perdidos em pessoas salvas!
SERMÃO DE 4 PÁGINAS
JESUS ESTÁ PERTO
Sermão baseado em João 13, A Última Ceia.
Por: John Rottman
Introdução
As crianças fazem de tudo para não ficarem sozinhas no quarto escuro quando está na hora de dormir. Eu soube de um garotinho que até desenvolveu uma estratégia para isso. Mas seu pai, já precavido devido as suas inúmeras tentativas, lhe preparou um lanchinho, leu uma historinha bíblica para ele, levou-o ao banheiro, é já um tanto quanto cansado serviu-lhe um copo de água antes de dormir. Finalmente a criança se aquietou na cama para dormir durante a noite. Entretanto, assim que o pai senta no sofá para assistir TV uma voz vinda do quarto no fim do corredor escuro ecoa. “Pai, você pode me trazer mais um copo d’água?” O pai sacode a cabeça. “Não. Vai dormir, você acabou de beber água”. “Mas pai, eu ainda estou com sede”. O pai chega ao limite de sua paciência. Com as poucas energias que lhe havia sobrado se levanta do sofá, atravessa o corredor em direção ao quarto, e dá um ultimato. “Ouça, você vai dormir agora. Se eu tiver que voltar aqui mais uma vez você vai apanhar”. Aquilo deveria ter
resolvido a situação; talvez tivesse sido um pouco duro, mas isto lhe daria um pouco de sossego pelo resto da noite. Mas tão logo ele se estica no sofá e encosta a cabeça no travesseiro, ouve novamente aquela voz destemida. “Ei, paiêêê, quando o senhor vier aqui me bater, poderia me trazer um copo de água?” Às vezes um pai do lado de fora do quarto não é suficiente. Mesmo um pai bravo que ameace bater em seu filho deve ser melhor do que a ameaçadora escuridão. Quando as trevas se tornam ameaçadoras e as sombras surgem, muitas crianças preferem ter alguém com eles, alguém logo ali no quarto. (Transição Introdução – Página 1)
(Início da Página Um) Em nossa leitura bíblica para esta manhã, os discípulos de Jesus estão reunidos e Jesus está com eles, ali mesmo na sala. Eles se assentaram na mesa que agora está suja de migalhas de pães ásmos e copos de vinho vazios da Páscoa. O cheiro de cordeiro assado ainda permanece na sala. Eles tinham visto e ouvido coisas tão assustadoras e misteriosas que Jesus acabara de dizer e fazer. “Este é o meu corpo, e este é o meu sangue...”. E Depois da ceia, ele os constrangeu colocando uma toalha em volta de si mesmo, ajoelhando-se em frente de cada um e lavando seus pés. Apesar do constrangimento por ele estar agindo como servo, o toque de suas mãos amorosas, aquecia seus corações e sua presença iluminava o ambiente. Jesus estava com eles, poderia o mundo estar mais perfeito?
Mas aparentemente nem tudo esta ok com o mundo à volta deles, e algumas coisas que Jesus disse depois do jantar deixou-os nervosos. “Alguém vai me trair”. Ele tinha dito isso em alta voz, apontando para Judas, e viu quando Judas saiu de mansinho da sala para a noite. E depois ele começou a falar como se ele próprio fosse sair também. “Eu estou indo embora”, ele disse, “e onde eu estou indo vocês não podem me seguir”. Ele iria se esconder ou suas palavras sinalizavam algo mais macabro? Alguns esperavam que ele fosse o próximo a deixar aquele lugar e nunca retornar. Jesus certamente parece estar dando dicas para algo sinistro, mas sobre exatamente o quê ele está falando?
Um dos discípulos, Judas, não o Judas traidor, mas o outro, levanta a voz. “Olhe Jesus”, ele diz, “por que você não mostra para o mundo todo quem você é? Coloque as cartas na mesa. Mostre isso para todos. Por que manter a realidade do seu amor e poder trancada nesta sala? Por que não fascinar o mundo todo com uma rajada massiva de poder milagroso? Você está nos assustando com essa conversa de nos deixar”.
Mas o que Jesus diz em seguida foi ainda menos tranqüilizante, “Eu estou lembrando vocês de praticarem meus ensinamentos e amor enquanto Eu ainda estou com vocês, ele diz, porque eu não estarei aqui por muito tempo”. Claramente, ele está partindo. E mesmo enquanto ele tenta assegurá-los disto, no instante seguinte, ele anuncia que o príncipe deste mundo está vindo. De fato, ele complementa que o príncipe deste mundo não tem poder sobre ele, mas eles praticamente não escutam esta parte. Jesus pode não ser tão franco como eles gostariam, mas duas coisas estão claras. Jesus está partindo e o príncipe deste mundo, o diabo está vindo.
(Início da Página 2) Nós sabemos como é viver num mundo com poder demoníaco solto. Às vezes, me parece que esses poderes estão mais distantes do que outros tipos de poderes. Por algum tempo a guerra no Iraque parecia um conflito distante para mim.
Como a maioria de vocês, eu escuto notícias de homens bombas e explosões nas ruas, mas a morte e a destruição parecem acontecer mais para lá.
Mas apenas há alguns dias atrás, o noticiário local começou com uma história de alguém da minha cidade natal, Muskegon, Michigan, que foi morto na guerra. A TV tremeluziu fotos da jovem esposa e do pequeno filho dele. Um clipe dele beijando sua família no adeus. E com isso, a cruel realidade de que ele não voltaria mais para casa. Ele não estaria presente no primeiro dia do seu filho no jardim da infância ou para o próximo aniversário de casamento. E a dor e tragédia da guerra de repente tomaram uma face humana. Mesmo que você possa pensar na guerra politicamente, eu tenho certeza que você tem menos dificuldades do que eu em ver a mão do diabo em todo esse terrorismo, violência e morte.
Ou talvez você tenha sentido a mão gelada do príncipe desse mundo mais perto da sua casa. Na sufocante cinza da depressão ou nas correntes de ferro de algum vício. Talvez os poderes soltos neste mundo se mostraram pra você num quarto de hospital. Ou como o desmantelamento de um casamento diante dos seus olhos. Num mundo com poderes demoníacos soltos, nós pouco nos contentamos com o pensamento de que Jesus está em algum outro lugar. Poderíamos estar satisfeitos com Jesus a apenas um grito de distância? Jesus um pouco sonolento e distante não é bom o suficiente. Com o diabo em ação no nosso mundo e o medo ameaçando nossos corações, nós precisamos de Jesus conosco, bem aqui na sala.
(Início da Página 3) Os discípulos de Jesus podem sentir o medo crescendo enquanto Jesus fala com eles sobre sua partida e a vinda do diabo. E nas horas que seguem a última ceia deles juntos, seus piores medos se tornam reais. Todos fogem enquanto aqueles poderes demoníacos brutalizam Jesus e esmagam a vida dele. E quando está tudo terminado e ele foi sepultado, eles não têm dúvidas que Jesus os deixou para sempre.
Mas se eles estão abalados por causa da morte de Jesus, eles estão completamente golpeados pela maravilhosa vibração do poder de ressurreição que varre suas vidas apenas três dias depois. Quando eles se reúnem novamente depois da sua morte, Jesus ressuscitado repentinamente aparece entre eles novamente, naquela mesma sala. Suas palavras, “o príncipe desse mundo não tem poder sobre mim”, ressoou agora com a realidade da ressurreição. E sua promessa que ele nunca os deixaria novamente e que ele e seu Pai preparariam sua casa com eles, agora parecia não apenas possível, mas bem próximo de acontecer. E a paz sobre a qual ele falou inundou o ambiente e infiltrou profundamente em suas mentes. Jesus ressurreto, mais presente para eles do que eles para os demais.
E aquela presença de Jesus nunca os deixou, nem mesmo depois que ele subiu aos céus. Jesus e o Pai realmente fizeram morada dentre aqueles que pertenciam a Jesus. Quando o Espírito Santo veio com poder, Jesus estava tão perto deles como se ele estivesse de pé naquela sala. Tão perto que no dia de Pentecostes, ele os capacitou com o poder de Deus. Tão perto que uma ordem em seu nome reparou as pernas de um aleijado e os fez dançar de alegria. Tão perto que os governantes que os prenderam, maravilharam-se por
causa do seu espírito eloqüente e audácia. Tão perto que Jesus os moveu a compartilhar tudo que eles tinham com os outros. Tão perto que antes que seus inimigos apedrejassem um deles até a morte, sua face se mostrou como a face de um anjo. Depois que Jesus enviou seu Espírito para fazer sua casa entre seus seguidores, Jesus estava mais perto deles do que eles estavam de seus próprios batimentos cardíacos. Promessa cumprida.
(Início da Página 4) E o Espírito a quem Jesus prometeu e enviou, ainda vive entre aqueles que amam e seguem Jesus. Pelo poder e presença do prometido, Jesus continua fazendo morada permanente naqueles que pertencem a ele. Então quando os discípulos de Jesus se reúnem, ele ainda está lá com eles, lá mesmo na sala. E às vezes esta presença é tão palpável que você pode senti-la.
(Ilustração) Um dos meus colegas estava me contando sobre o que aconteceu com seus pais durante a guerra. Conforme a guerra se prolongava, se tornava mais e mais difícil de se conseguir comida no lugar onde eles moravam na Holanda. Mas o Natal estava chegando e a avó do meu colega conseguiu estocar comida suficiente para fazer uma ceia natalina. Ela até conseguiu uma laranja para as crianças dividirem. Mas quando eles estavam prontos para sentar, eles ouviram batidos na porta. Do lado de foram estavam dois soldados nazistas que forçaram a entrada na casa.
“Nós queremos que vocês nos alimentem”, eles ordenaram. Mas esta comida é para as crianças, a avó respondeu. Um dos soldados tirou a pistola do seu coldre e disse, “então a gente só tem que matar as crianças”. Claro que a mãe se inclinou para trás, as crianças se dispersaram, os nazistas sentaram para comer o jantar da família. Enquanto tudo isso estava acontecendo, o pai foi discretamente para a sala ao lado e sentou-se no velho órgão. Enquanto os soldados começavam a comer, ele começou a tocar um hino conhecido composto por Lutero. Eram as palavras conhecidas de um Salmo, adaptadas para a música, Mas com uma guerra acontecendo, dois soldados nazistas ameaçando-os violentamente enquanto devorando a ceia de Natal da família, uma doença mortal parecia estar prevalecendo onde não se podia ver Jesus.
Mas quando a música chegou à cozinha, alguma coisa estranha aconteceu. A mãe notou uma mudança nos seus indesejados visitantes. Eles pararam de mastigar e lágrimas começaram a rolar em suas faces. Eles conheciam aquele hino. Era um que eles cantavam nas suas casas em volta da mesa de comunhão com amigos de Jesus. E de repente uma realidade tão palpável e real encheu aquela sala que os soldados se viram convidando a família para se assentar à mesa. Juntos eles compartilharam a Ceia de Natal enquanto o Espírito Santo – presença mediadora prometida de Jesus saturou o ambiente. Jesus fazendo sua morada com aqueles que o amam e o seguem.
Eu tenho visto evidências da sua presença tantas vezes nas últimas semanas. No amor de uma mulher de meia idade que faz doces caseiros e entrega para seus vizinhos na véspera de Natal. Na lealdade de um homem que cuida do seu ex-condenado irmão que foi espancado até se tornar deficiente por uma gangue vingativa. Na generosidade de um homem que espontaneamente paga a hipoteca de um casal idoso. Em comidas,
condolências e hospitalidade. Discípulos de Jesus fortalecidos pela presença viva daquele que faz sua morada conosco.
(Conclusão) Fique atento a sua presença. Em casa. No trabalho. No louvor. Ouça-o falando de suas promessas. “Não tenha medo”. “Minha paz eu te dou”. Aquele que morreu e ressuscitou, fez morada em nós. Com toda a certeza de que ele estava com aqueles discípulos, ele também está conosco, bem aqui nesta sala. Ele está sempre conosco, mais perto do que o nosso coração palpitante. No nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

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